Keith Richards tem uma memória tão boa que, francamente, assusta. [...]
São cativantes espreitadelas a meio século de mecânica interna dos Rolling Stones, intercaladas com reflexões sobre a vida de um cavalheiro inglês consciente da sua idade avançada e daquilo que o torna uma figura iconográfica. O relato de Richards consegue soar ao mesmo tempo rigoroso, convincente e caricatural. Os anos da sua infância na Inglaterra esburacada e racionada do pós-guerra garantem capítulos extraordinários. Percebe-se a génese dos Stones na descrição da sua audição obsessiva dos discos de Chuck Berry, Bo Diddley, Jimmy Reed e muitos outros. Há também uma inevitável escala de afectos estampada em Life [...].
Classificação: 4 estrelas
Jorge Manuel Lopes, Atual / Expresso, 17/12/11
Sem comentários:
Enviar um comentário